terça-feira, 26 de julho de 2011

Willow Chang - entrevista na RaqsART

Por Yuki RaqsART

tradução de Lalitha

Artigo original aqui.


1. Por que você começou a dançar Raqs Sharqi (dança do ventre)?

 Para mim, Raqs Sharqi é uma forma linda e natural de integrar todos os elementos da vida que eu acho importantes.

* Ritual e tradição

* Ser um condutor para ligar o passado com o presente e influenciar/inspirar o futuro

* Para se conectar, expressar e celebrar o sagrado feminino

* Uma oportunidade de vivenciar o "tarab" ou êxtase divino

* Um verdadeiro encontro entre a mente/espírito/alma com o corpo

* A oportunidade de se sentir confortável na sua própria pele

* De SE TORNAR a música

* De fluir e viver o momento na dança de improviso

* De criar figurinos que são lindos

* De expressar o amplo espectro das emoções

* E, é claro, de COMPARTILHAR, doar e se comunicar com os outros.

Tudo isso são razões porque comecei a dançar Raqs Sharqi (e também, provavelmente, porque é uma forma de absorver e compreender o período que passei no Oriente Médio) - porque é um reflexo da vida e uma forma de viver.

2. O que é mais importante quando dançamos em público?

Na minha opinião, existem 3 pontos que são importantes:

  • Nós devemos ser protetoras, guardiãs e educadoras sobre a nossa dança e assegurar que nós cuidemos dela e tratemos a nossa dança e as outras bailarinas com respeito - então outros seguirão nosso exemplo. Nossa dança tem sido observada coletivamente por muitos anos e gerações através de mal entendidos, falsidades e impressões equivocadas que tomarão muito tempo e esforço para serem corrigidas. E não é questão de querer fazer isso - nós temos que fazer! É uma missão. Ela pode ser dançar e se vestir apropriadamente num evento ou show ou simplesmente explicar às pessoas sobre a beleza inata da nossa Arte.
  • Compartilhar é a forma mais recompensadora de se lidar com essa dança - não importa se você é professora, aluna ou bailarina, nós estamos todas na posição de compartilhar, preferencialmente com um coração generoso. Nós podemos compartilhar fontes de consulta ou tempo, ideias ou feedbacks ou simplesmente lidar com a nossa dança como "Esse é o meu talento e eu quero compartilhá-lo com você". Eu realmente acredito no poder da intenção, e é maravilhoso poder praticar o ritual e o ato de compartilhar, que ajudam no combate ao ego, competição e outras características humanas mesquinhas que são fáceis de adquirir. Quando eu luto para ser meu melhor eu, isso não é feito com a intenção de ser melhor do que ninguém, e sim sabendo que todos, coletivamente, se beneficiam quando nós aspiramos pelo bem e pela excelência de forma focada e honesta - o que, por sua vez, gera resultados e ações positivas.
  • Ser verdadeiro é algo que alguém pode se beneficiar como pessoa e como artista. Encontrar a sua verdade pessoal e gerenciá-la, navegar com ela na cultura, nas tradições e com a criatividade que essa dança proporciona é difícil, é por isso que eu acredito que podemos levar toda uma vida praticando diariamente para dominarmos essa arte e sermos verdadeiras. Isso pode ser feito ao citar suas fontes, dando os créditos, escutando o nosso corpo diariamente e respeitando o nosso instrumento, sendo verdadeira com a música e com as tradições da nossa dança, ou então se permitindo a liberdade e a honestidade de se expressar e sentir os seus sentimentos quando você escuta a música e dança.

No final, nós só podemos ser nós mesmas, e se nós crescermos as custas dos outros ou se nós "manipulamos" a nossa dança, isso traz uma dívida de carma que simplesmente não é o que nós chamamos no Havaí de "pono" - justo, correto ou apropriado. Eu não estou aqui para julgar - estou apenas falando por mim mesma. Uma bússola espiritual guiada pelo respeito, gratidão e humildade me ajuda e colocar as coisas em perspectiva e a crescer como ser humano e como artista. A forma mais fácil de se atingir esse objetivo é também respeitar a sua linhagem e seus professores, gurus, kumus, mestres e mentores com quem você estudou. Eles confiam em nós como estudantes, bailarinas, professoras... para cuidar da nossa dança e de nós mesmas.

3. Você poderia nos falar sobre o seu estilo de Raqs Sharqi?

 Bom, existem muitos estilos de Raqs Sharqi, como os leitores devem saber.

Às vezes os rótulos ajudam, outras, confundem ainda mais. Fred Astaire, Paula Abdul e Martha Graham são todos bailarinos americanos, mas seria estranho dizer que são bailarinos do "Estilo Americano".

Eu sou daquelas (raras?) bailarinas que realmente gostam de TODOS os tipos de dança do ventre e Raqs Sharqi, do folclórico ao tradicional, do Sharqi ao Turco, Libanês, Egípcio, Estilo Tribal Americano (ATS - American Tribal Style), Tribal (Tribal Fusion) e dança teatral (Theatrical Dance).


Eu realmente aprecio as inovações, mas também respeito a conservação das danças e estilos tradicionais. Eu acredito que existe um equilíbrio que é fluido nessa questão e frequentemente uma classificação correta ajuda a diminuir a confusão. Por exemplo, eu sou, sem sombra de dúvida, influenciada pelo Oriente Médio e suas formas de dança - até porque passei 17 anos ativamente envolvida nessa dança. Mas, para mim, quando danço no estilo teatral ou contemporâneo, eu simplesmente o chamo de teatral ou contemporâneo, e não de dança do ventre. É o que sinto que é mais correto com relação às suas características, sentimentos e movimentos.

Meu estilo é ditado 99% pela minha escolha da música. Se eu escolho algo da cantora Fatme Serhan (nota da tradutora: famosa cantora do estilo Balady) ou algo do estilo Rom Turco, cada dança será claramente diferente. Se não for uma fusão, eu procuro manter os estilos, movimentos, música e figurino coerentes para a apresentação não ficar muito misturada. Eu acho que sou hoje de um estilo que aprecio e admiro - feminilidade tradicional expressa em movimentos, com um largo espectro de emoções, com repetição de movimentos para criar os detalhes (que era o que as bailarinas da Época de Ouro faziam), uma valorização da fluidez num fluxo contínuo, expressividade musical, graça, elegância e manter a dignidade da dança e da bailarina.

Não sou fã da abordagem "vulgar" da dança do ventre - e entendo que isso é subjetivo na maioria das vezes. Vamos dizer que me abstenho de movimentos de "dançarinas exóticas/strippers" e tento manter o ambiente familiar. Eu aprecio o estilo ousado, a atitude corajosa e deliciosa de divas como Dina e Mona Said, mas não quero ajudar a formar falsas impressões/estereótipos da nossa dança, se é que isso faz sentido. As pessoas precisam decidir por si mesmas os seus limites. Por exemplo, eu jamais faria uma "lap dance" porque não seria eu mesma - mas, mais importante, eu acho que denigre a imagem da nossa dança. Sempre haverá aquelas que fazem de tudo, mas eu prefiro ser apreciada mais pelo o que eu trago para a dança do que pelo o que ganho com ela.

Talvez o que seja mais importante a saber sobre mim é que quero sempre respeitar a dança e que trabalho quase que exclusivamente com o improviso - como num eterno estado de taqsim para ficar concentrada no momento e fiel às "origens" da dança do ventre. Minha escolha da música é sempre o meu ponto de partida. Eu faço meus próprios figurinos, o que aprofunda a minha criatividade e o meu senso de individualidade. Eu frequentemente penso nas bailarinas que me inspiraram e ainda me inspiram quando eu danço ou fico refletindo. Eu também me interesso muito em encontrar meios seguros de sentir e de se expressar, de retornar às origens sagradas da dança. Dançar é um ritual e é importante lembrar que temos um grande poder de comunicação - e isso é algo que eu  levo a sério - de forma aberta, clara e não-manipulativa de compartilhar a dança.


4. Você poderia nos contar sobre a relação entre Raqs Sharqi e as suas origens?


Toda a minha base de dança é impregnada com história e tradição. Antes de estudar dança do ventre oriental, estudei a dança havaiana Hula, primeiramente como Halau (dança para show) por 10 anos, e depois, ao me apresentar com Hula e danças da Polinésia no Egito, me apaixonei pelo o que se chama de "dança do ventre". Além da Hula, eu já estudei Dança Taitiana, Tango Argentino, Flamenco, Kuchipudi e Odissi (dança indiana), Salsa, Samba, Khaleegy, Danças do Norte da África (Algéria, Tunísia e Marrocos), Legong Balinês, Dança Moderna, Dança do Ventre (egípcia, libanesa, americana, turca, tribal, teatral) e Ballet para nomear algumas.


Eu acredito que é importante entender quais componentes criam um estilo de dança. Esses elementos incluem mas não se limitam a: cultura e as pessoas que criaram esse estilo de dança, suas histórias e mitos, formas musicais, os ritmos, poesias, credos, vestimentas, seus tabus, sua História e reconhecimento das personalidades que contribuíram para a dança. Claro que a compreensão, conhecimento e apreciação por esses elementos tomam tempo, não apenas para aprendê-los e conhecê-los, mas para VIVENCIÁ-LOS e INCORPORÁ-LOS.


Quando você tem uma compreensão dos clássicos, tradições e a base de uma arte - seja música, dança, pintura, poesia etc, você está numa posição mais rica para CRIAR, RESPONDER e CONTRIBUIR em resposta. Por sua vez, quando você faz uma FUSÃO, você está no fim das contas juntando 2 ou mais influências. O ideal é que você o faça de forma transparente, respeitosa e provocativa para gerar tanto SENTIMENTO quanto AUTENTICIDADE.

Ser de origem multi-racial (mistura de chinês, alemão, inglês e nativos norte americanos) e ter crescido num Havaí multicultural certamente moldou o meu ponto de vista. Eu acredito que a dança do ventre foi realmente a primeira "fusão" ou forma de dança multicultural. Ela mexe com tantas pessoas ao redor do mundo por tantas razões diferentes - porque realmente existe algo nessa dança para TODO O MUNDO se relacionar e interagir. Nunca pareceu esquisito, estranho ou peculiar se sentir atraído por essa dança. É tão natural quanto a vida. E estou comprometida em compartilhar essa dança, porque sei que dançar e os processos que isso desencadeia curam.



5. Você poderia dar alguns conselhos para bailarinas de Raqs Sharqi?


Nossa... tanta coisa para compartilhar... sem nenhuma ordem específica:

* Seja gentil consigo mesma. Com o seu espírito, seu corpo e seus sentimentos.
* Dê tempo a si mesma para incorporar os movimentos, de se tornar a música e entender como eles se relacionam.
* Não tenha medo de sentir e de expressar suas emoções. SORRIA!
* Tome cuidado com professores/indivíduos que tentam te limitar como bailarina, estudante ou pessoa.
* Não deixe as travas dos outros se tornarem suas.
* Ache sua(s) música(s) favorita(s), aquela(s) que sempre te fará ter vontade de dançar.
* Dança sem emoção é só exercício.
* A repetição é sua amiga.
* Seja você mesma.
* Faça perguntas.
* Leve seus hábitos de dança para o "mundo real" - como postura, olhar nos olhos nas pessoas e amplitude nos movimentos.
* Praticar outros exercícios é bom para você! (natação, ballet, yoga, exercícios de força, samba etc)
* Beba água com frequência.
* Quando puder, viaje, leia, sonhe, compartilhe.
* Aprenda o básico de costura.
* Escute música todo dia - no ônibus, arrumando a casa, no carro. Vai torná-la menos estranha e mais familiar, fazendo a dança do ventre mais fácil.
* Encontre uma professora/turma para acompanhar e manter uma prática regular da dança.
* Dance música ao vivo.
* Se filme dançando e procure por possíveis correções a serem feitas.
* Visite outras comunidades e grupos de dança.
* Estude com os mestres - na música e na dança.
* Se involva.


6. Quem é o sua bailarina ideal? Porque você gosta desse bailarina?


Uma bailarina ideal? Aquela que sinta a música, seja a música e me faça sentir. Não precisa ser famosa ou conhecida, nem mesmo "a melhor". Ela precisa ter uma alegria que seja tangível. E eu aprecio muito as pessoas que crescem como artistas, que são benevolentes e 100% comprometidas com sua dança!

Em nenhuma ordem particular, as bailarinas que eu adoro incluiriam a minha primeira professora de dança do ventre, Glo Ayson, Mona Said, Tahia Carioca, Dina, Amani, Samia Gamal, Nadia Gamal, Dani Boutros... incluiria Diana Tarkan, Tito Seif, Nath Keo, Leila Haddad, Tarik Sultan, Ava Fleming, Aisha Ali, Rachel Brice, Mardi Love, Dalia Carella, Asena, Elena Lentini, Cassandra, Ansuya, Bert Balladine... mais recentes para mim incluiria Sal Venegas, Lebanese Simon, Dusty Paik... amigos e companheiros de dança Meissoun, Aisha of Greece, Anasma, Colleena Shakti que normalmente animam a galera! Sério, NÃO FALTAM bailarinos talentosos, habilidosos e maravilhosos para me inspirar e isso é algo que eu também amo nessa dança!

7. Quais são os planos futuros com Raqs Sharqi?

Bom, continuar pelo mesmo caminho que estou traçando - ensinando, me apresentando, criando e compartilhando tanto localmente quanto internacionalmente. A carreira na dança não é fácil, como você sabe, e quaisquer pais que digam que é difícil estão certos! Tem muito trabalho que não é "remunerado", sua propaganda, emails, manutenção de site, canais no Youtube, costura, ensaios etc... e basicamente você precisa criar o seu próprio caminho. Eu queria que tivesse um manual! Eu simplesmente continuo seguindo, aprendendo e me mantendo verdadeira.

Sou muito grata por ter viajado internacionalmente todo ano desde 2005 para compartilhar dança e música, além de estudar com os outros, é uma experiência inestimável que realmente alimenta a alma. Conhecer outras bailarinas e pessoas com quem tenho afinidade é algo que nunca poderá ser substituído e isso me mantem engajada e apaixonada por essa dança!

Ser produtora de eventos de dança é algo que dá muito trabalho, mas vale a pena cada momento para assegurar que a mensagem seja passada. Fundado em 2008, meu evento anual PUJA International Dance Concert está em sua 4ª edição, e apresentará danças de todos os tipos. Eu gosto de artisticamente conjugar a criação e o oferecimento de oportunidades para outros artistas atuarem, criarem e se comunicarem.

Eu espero que eu consiga terminar diversos projetos para DVD que estão apenas na fase de planejamento, que incluem DVDs didáticos, de performance e de compilação de colaborações criativas de outros artistas participantes do PUJA.

8. O que é mais importante na hora de criar uma coreografia?

Primeiro, minha tendência é dizer que você precisa AMAR AMAR AMAR a música que está dançando, senão ficará sempre esquisito e será uma luta. Outra coisa que eu gostaria de dizer é nunca se esqueça do que você quer dizer e compartilhar. E por último, eu diria permita-se SENTIR, porque uma coreografia sem sentimento é apenas exercício. E claro que você quer se divertir e aproveitar, senão, para quê dançar?

9. Como e/ou com quem você pratica?

Quando eu comecei, eu fazia uma aula regular com uma professora que eu frequentava religiosamente. Desde que comecei a dançar, já estudei com mais de 100 professores, com muitos deles mais de uma vez, e com cada um eu aprendi algo maravilhoso.

Eu pratico muito sozinha e trabalho como professora de dança. Existem vantagens em trabalhar profissionalmente como professora de dança. Você se aperfeiçoa muito ao manter trabalhos de movimento e de dança na sua agenda. Mesmo assim, você precisa encontrar meios de se desafiar e estimular suas habilidades e interesses, especialmente se você tem sempre alunos novos, iniciantes ou que vão e voltam.

Eu acho que algumas abordagens ajudam. Uma é sempre usar músicas diferentes e misturá-las. Recuperar músicas antigas, procurar por novidades e até mesmo trabalhar com músicas que não lhe sejam familiares. Você vai estar realmente pisando em ovos. Eu acho que ouvir música todo dia - em casa, no computador, fazendo faxina, no carro e com FONES DE OUVIDO realmente ajuda. Traduzir as músicas e trabalhar com snujs também. Eu acredito em práticas "cruzadas". Flamenco, Tango Argentino, yoga e até mesmo Bon Odori (n.t.: tipo de dança japonesa) são artes que eu pratico e que me mantem desafiada com formas diferentes de mover o corpo, outro vocabulário de dança/movimento e exposta a novas ideias. Eu encorajo muito as pessoas a ASSISTIREM muitos shows de dança em restaurantes. Shows em teatros, musicais, shows de dança na TV - todo America’s Best Dance Crew (n.t.: programa de TV americano de competição entre grupos de dança) mostra novas formas de ver a dança.


Mas eu também NÃO VEJO danças que não gosto - é muito fácil pegar tiques e hábitos com coisas que você não gosta, e então você precisa desaprendê-los! Eu também sou a favor de APENAS DANÇAR. Sem coreografia ou combinações de passos. Uma outra abordagem é ter uma meta e praticar com disciplina.




10. Como bailarina, que métodos ou rotinas diárias (produtos de beleza, massagens etc) você utiliza para manter a sua beleza?


Toda vez que começo uma aula, nós começamos com uma meditação para sincronizar o corpo e o espírito. Eu acredito que isso traz benefícios. Você não pode subestimar o poder da respiração e como ela afeta TUDO que fazemos!


Eu também estudei canto por mais de 20 anos - então eu acho que a força da dança também se aplica ao meu canto também. Achar a sua própria voz, literalmente e figurativamente é tão importante para uma pessoa! Eu sou interessada pela visão HOLÍSTICA e INTEGRADA do corpo, da arte e do processo criativo. Estou sempre me esforçando para entender como isso tudo funciona junto.


Acredito que rir é bom para a saúde também.


Presto atenção à minha dieta e acrescento complementos saudáveis - água, legumes frescos, castanhas, lanchinhos saudáveis, muito gengibre, alho, cebola etc para limpar o corpo! Não fumo nem bebo, e faço tudo o possível para proteger meus joelhos e minha coluna. Eu faço rodízio dos meus saltos e sapatos. Sou grande fã de alinhamento corporal, estou sempre procurando jeitos SEGUROS de mexer o corpo.

Eu pratico yoga, e em casa faço alongamentos - especialmente para minhas panturrilhas e arcos dos pés. Faço exercícios aeróbicos, dou preferência pelas escadas e faço uso do bom senso. Gosto de banhos quentes para meus músculos, sauna/sauna turca quando disponível e acho bom que suar faça bem à saúde!

Frequento um terapeuta sacro-cranial para alinhamento e um massoterapeuta mensalmente para manter meu corpo e assegurar que estou cuidando bem de mim mesma.

Escuto sempre o meu corpo: estou rígida? Cansada? Alerta? Tensa? O que posso fazer com o meu corpo hoje? Também uso filtro solar e hidratante diariamente, para assegurar que minha pele está segura e protegida. De vez em quando tomo suplementos - vitamina B, Fish Oil (n.t.: óleo de peixe rico em ômega 3), Kelp Tablets (n.t.: suplemento rico em iodo). Eu gosto de comer algas e nori (n.t.: preparado de algas para sushi) porque é gostoso e faz bem para o corpo. É uma grande responsabilidade cuidar e entender como o corpo funciona, e eu faço o que posso para ajudá-lo da forma mais saudável possível!

Por fim: bondade, praticar a bondade amorosa é essencial, e também o aconchego, abraços e o toque daqueles que você ama fazem bem à saúde! A todo custo evitar pessoas que são negativas ou que te machucam de alguma forma, pois elas vão roubar a sua alegria, o seu amor e a sua habilidade de se abrir em êxtase na dança, na arte e na própria vida!

11. (Dizem que Raqs Sharqi é mais relaxante e desestressante que outros tipos de dança) qual parte da Raqs Sharqi você acha que é mais relaxante?

Sem a menor dúvida, a parte lenta, o fluxo contínuo do taqsim, a dança improvisada e sinuosa. Existe graça e beleza nela - se você está aberta para ela.





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