terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Nadia Gamal (parte 3)



Como muitas já sabem, Nadia Gamal é minha grande ídola da dança oriental, e por isso eu tento fazer o assunto em torno dela durar o máximo possível!

Na parte 1 dessa longa matéria, vimos a biografia da grande diva do Líbano (apesar dela ser egípcia!), e na parte 2 vimos os primeiros vídeos dela, quando ela ainda trabalhava no Egito e estava começando a desenvolver o seu estilo próprio, que viria a ser a sua marca registrada e razão para o seu sucesso estrondoso (ela chegou a ser chamada de Isadora Duncan da dança oriental por conta da sua expressividade).

Agora vamos ver como foi a transformação dessa bailarina quando ela começou a trabalhar fora do Egito!

Vamos começar vendo como ela é versátil nesse vídeo com Farid Al Atrache e a cantora libanesa Sabah.



Nesse vídeo, Nadia só começa a dançar lá por volta dos 9 minutos, mas repare como a sua coreografia não é nada oriental, é sim moderna! Com alguns leves toques orientais, o objetivo aqui é passar a sua expressão! Confesso que das bailarinas da sua época, Nadia é a única que já vi em vídeos desse tipo, onde o foco é outro estilo de dança. E isso é uma das explicações para o desenvolvimento do seu estilo único e da sua expressividade marcante.

Em 1965, Nadia já começou a fazer sucesso fora do mundo árabe (ela viajaria o mundo inteiro como uma espécie de embaixadora da dança oriental), e por isso você pode encontra-la no filme inglês "24 horas para matar", e ela tem falas! Em inglês!



Apesar da cena de dança ser muito pequena, aqui você já vê Nadia com o seu estilo próprio, que a sagraria num futuro próximo. E ela já começa a deixar o cabelo crescer (o auge do seu sucesso seria com ele bem comprido), como veremos nos vídeos adiante.

Ainda nesse ano, Nadia participou de produções libanesas, como o filme "Al Seba wa Al Jamal", onde sua dança aparece numa cena bastante familiar, ao invés de num palco:



Repare como a expressão dela faz parte da dança, de um jeito muito particular, e como ela se utiliza de outros elementos em cena para a sua dança, além de brincar com os outros atores.

Ainda nesse filme, Nadia contracena novamente com a cantora libanesa Sabah, dessa vez numa dança típica dos anos 60, ao som de uma música francesa!



Apesar da coreografia não ser oriental, podemos perceber alguns elementos do dabke nessa dança.

O filme "Al Seba wa Al Jamal" (os jovens e bonitos) está recheado de cenas de dança de Nadia, como podemos ver em mais esse trecho:



Dessa vez, Nadia dança com o véu, que ela usaria de forma muito mais criativa e constante que as contemporâneas egípcias.

A seguir temos um clipe do filme "Mawal", da mesma época.



Nesse vídeo já podemos ver o poderoso trabalho de quadril da Nadia, que seria uma das suas marcas registradas (esse shimmie imenso que só ela faz), além do seu trabalho de mãos que é bem diferente do que se vê normalmente. Além disso, vale reparar como Nadia sempre se utiliza de elementos do palco para realçar a sua dança, como a sua original entrada com apenas a perna aparecendo.

1965 foi um ano agitadíssimo para Nadia, ela aparece em outro filme libanês, "Hasna al Badiya", com a cantora Samira Tawfiq.



Apesar do trecho ser bem curto, podemos apreciar o trabalho de Nadia com os snujs.

Mais ou menos nessa mesma época, Nadia também contracenou com o cantor Fahed Ballan.



Aqui vemos novamente os movimentos típicos da Nadia Gamal, além da sua ousadia: ela dança em cima da mesa!

Para finalizar, uma dança um pouco mais longa dessa linda bailarina!



Vale a pena reparar no redondo com cambré que ela utiliza aqui, é um dos seus passos favoritos!

E no próximo post veremos o auge da sua carreira! Fiquem atentos às demais novidades do Ventre da Dança!


3 comentários:

  1. minha inspiração e de todos os libaneses tbm, a primeira vez que vi a dança foi vêndo um vídeo VHS era fita do meu pai, meu pai que é libanes me mostrou ela e disse está e Nadia Gamal olhos dele brilhava...

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  2. a dama da dança,,, como descendente de libanesa eu não poderia deixar de dizer o Libano a reverência

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    1. Pois é Salimi, ela é uma grande diva no Líbano, e vamos combinar que é com razão, né? :-)

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